FIRENZI

Voei para Firenzi com a expectativa de fazer a melhor montagem da vídeo instalação Material Bruto. Pelo fato de estar indo para participar da I Semana de Arte Baiana em Firenzi sabia que teria uma estrutura de produção que ainda não tinha tido em nenhum outro lugar por aqui. E realmente tudo aconteceu da melhor forma. A instalação foi montada em um centro cultural chamado Casa da Criatividade, um espaço interessante onde toda a noite acontecia um aperitivo, ou seja, música com comida e cerveja. Sempre movimentado e animado. Rosangela, organizadora do evento, conseguiu montar um bom panorama da cultura baiana. Bel Borba levou uma grande vela de Saveiro, pintada na Feira de São Joaquim, além de expor 20 gravuras pintas em Firenzi, Lazaro Faria exibiu filmes sobre cultura baiana, Orixás da Bahia, Cidade das Mulheres, Mandinga em Manhattan e outros.


Para além do evento, tinha também que desvendar a cidade. Eu e Felipe, fiel escudeiro, que adentrou nessa viagem como meu assistente, ou melhor, assistente camarada, fizemos um grande tour pela noite da toscana. Firenze tem uma vida noturna intensa, com bares, clubs e bons eventos. É fantástico, pois a cidade com sua arquitetura tradicional, clássica, abriga de forma tranqüila sua modernidade noturna. E é claro que não poderíamos ficar de fora disso. Logo nos primeiros dias, apresentamos para algumas pessoas a idéia de realizarmos algumas apresentações do Suc Suc Beta, ou seja, eu como Vj e Felipe como DJ. Imagens e sons brasileiros. Não deu outra, fechamos com um dos donos do bar da Casa da Criatividade para nos apresentarmos na quarta-feira. Som montado, projetor ligado e lá estávamos tocando Orquestra Brasileira de Música Jamaicana. Foi um sucesso! Todos apreciaram o projeto e dançaram. Convidamos Anderson, um dos filhos de Neguinho do Samba para fazer uma participação. Com ele subiram ao palco mais três percussionistas e logo a Jam estava montada. Muito bom, todos tocando instrumentos acompanhando as músicas lançadas pelo DJ. Claro que eu peguei a meia-lua para toscar! Festa terminada, todos muito bêbados, pois o cachê foi em cerveja, e surge o convite para tocarmos na sexta, principal dia do bar. Lá fomos nós, bar cheio, amigos, expectativa e mais um dia de música boa, belas imagens e gente feliz. Bel adorou as imagens e até propôs uma coligação em Salvador, depois conto melhor. Foram dias bastante movimentados misturando diversão, turismo e trabalho. Se lembrar de mais alguma coisa aviso, o que sei é que na terra dos gigantes os meninos estinligaram para tudo quanto é lado.